L’ŒILLETON – REALITE PERIPHERIQUE
L’œilleton – réalité périphérique montre deux grandes idéologies : Capital et Travail. Ces idéologies divisent le monde et en sectionnant un même pays, elles sectionnent aussi les familles, les langues, les habitations, les rues et les frontières d’une ville générant une terre de personne.
Ceci est un travail de photographie documentaire qui trace le portrait de la périphérie en mettant en relief le grand paradoxe qui existe entre l’amer déclin d’une civilisation et le peuple sans travail, rempli de terreur et d’absurdités dans la ville qui l’entoure, sans la douceur d’un conte de fées qu’est le chapiteau coloré d’un cirque royal. Ce thème a été choisi car il montre l’existence d’une communauté qui est au-delà de l’imagination collective. Les images ont été captées sur un remblai sanitaire de la ville d’Alvorada, dans le bourg des papetiers de Porto Alegre comme dans « Morro da Cruz », qui dépeint la vie des couturières.
« Dans le cirque de la pauvreté, les artistes sont des va-nu-pieds ; il n’y a ni chapiteau ni manège, il n’y a ni acteurs ni spectacle… Mais le dramatique spectacle de la misère, de l’abandon et de l’indifférence. »
Ces photographies ne servent pas à exactement à montrer mais plutôt à suggérer un changement et la suggestion, parfois, peut choquer. Si la photographie n’est qu’un moyen utilisé pour la communication des expériences humaines, elle doit alors servir à réfléchir, émouvoir, provoquer, construire ou détruire sa propre fonction ; comme tout art, elle sert à dire que nous ne sommes pas seuls, que nous ne sommes pas étrangers, distraits ou que nous ne sommes pas prêts.
Au cours de sa vie, l’être humain utilise l’art pour évoluer, comprendre et mieux affronter l’absurdité de ce monde et c’est à travers la photographie que l’homme enregistre ses moments et les expose au monde afin qu’ils ne soient pas oubliés ou rangés dans un album au fond d’un tiroir ou d’une armoire.
O FIO DA NAVALHA – REALIDADE PERIFERICA
O FIO DA NAVALHA- realidade periférica mostra duas grandes ideologias: Capital e Trabalho. Essas ideologias dividem o mundo e ao seccionarem o mesmo país, seccionam também famílias, línguas, casas, ruas e as fronteiras de uma cidade gerando uma terra de ninguém.
Este é um trabalho de fotografia documental que retrata a periferia mostrando um grande paradoxo que existe entre a amarga falência de uma civilização e o povo sem trabalho e repleta de terror e absurdos na cidade que a rodeia, sem a douçura de um conto de fadas é a lona colorida de um circo real. Este tema foi escolhido por existir uma comunidade que está além da imaginação coletiva . As imagens foram captadas na região metropolitana de Porto Alegre/Brasil
“No circo da pobreza , os artistas são favelados; não há lona nem picadeiro, não tem arte nem atores, mas tem espetáculo..... O dramático espetáculo da miséria, do abandono e da indiferença.”
São fotografias que não servem exatamente para mostrar, mas sim para sugerir uma mudança e a sugestão, às vezes, é capaz de chocar. Se a fotografia é apenas um recurso para ser utilizado na comunicação de experiências humanas, então ela serve para refletir, emocionar, provocar, construir ou destruir sua função, como toda arte, é dizer que não estamos sós, que não estamos alheios ,distraídos ou que não estamos prontos.
Em sua passagem, o ser humano tem usado da arte para evoluir, compreender e enfrentar melhor o absurdo deste mundo e é através da fotografia que o homem registra seus momentos e expõe-os ao mundo para que não fiquem apenas esquecidos ou guardados em um álbum numa gaveta ou em um armário.
Jorge Aguiar
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